domingo, 5 de setembro de 2010

Ventos



Somos presa facil em tantos desejos,
somos pessoas sem destino certo,
com grandes responsabilidades, a vida,
o vento que toca meu rosto,
a terra que corta meus pés,
me deleito sempre com meus proprios medos,
meus pensamentos são tempestades mudas,
minha vida é verdade imersa,
por tudo aquilo que luto, sempre tem barreiras a volta,
por tudo que conquisto, vem lagrimas por tras,
veio o vento me falar,
sussurar frases de alivio extremo,
contar sua historia e fazer ver que a minha não é de gloria,
somos crianças velhas, somos pessoas normais,
sou criança crescida no meio da multidão,
meu tempo acabou e devo pagar por tudo que sonho,
não tenho medo de enfrentar a dor do que escrevo,
ou de suportar a verdade que me dirão,
só tenho medo real de perder a guerra
e dela levar marcas que o tempo não ira curar,
mesmo assim luto pelo sussurar do vento,
luto pelo que acredito e sei que serei esperança viva
 no meio de tantas dores,
agora me guardo para lamentar as feridas abertas,
e choro por tudo que fiz,
quizera eu ser um dia fruto limpo,
quizera meu corpo se ver livre de mim,
quizera eu,
ser filho e pai de quem sou.

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